quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Ímpar, par
Mas, o meu par é ímpar! É porque é de uma unidade tremenda! É único.
Se eu te contar um segredo, ou mais do que um, te garanto terminar em ímpar. Mas eu e pra quem conto forma um par.
Hoje é confusão, eu sei. Mas amanhã, não que possa piorar, mas aumenta. E, não é por nada, mas tem se queixado que o cutuvelo dói. Dói de dor duída e mandinga, mendinga também pela aparição da solução sem se quer mexer os dedos cravados no chão.
" O tempo passa, e o trem só vai passar as 4 da manhã, agora ". Não que eu queira ser incoveniente ou acabar com o solene voo dos confetes e balões pelo ar, mas, hoje eu estou ímpar, e preciso de um par.
Estou só, solitariamente sozinha na minha solidão e, SONOLENTA, lenta, briguenta, marrenta. Tenho um par e, meu par é ímpar, é incrível. Mas no outro sentido eu estou ímpar.
Meu sobrenome é confusão. E não é que eu não tenha fé da solução, mas é que amanhã pode aumentar, estufar, estourar.
Me falta receber uma carta, sabe? Um telegrama, não um SMS. Eu quero algo escrito a tinta e a mão. Me falta uma única peça pra terminar com o quebra-cabeça. Vio? Uma peça, uma é ímpar. Ah, eu estou ímpar hoje.
Mas, não pestaneja não, ouviu? Não espera dar 4 horas pra, aí sim, resolver pegar o trem. Eu quero ser seu, seu, seu e seu par. Não é desse, daquele, se quer daleque outro ímpar por aí que eu quero vir a me somar. Eu estou ímpar, imparciavelmente ímpar, de uma maneira, que não é ímpar.
Eu quero ser seu par.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Thanks Giving
sábado, 21 de novembro de 2009
O Amor da Minha Vida
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Na metade do caminho - metade do mapa
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Falling Slowly
sábado, 26 de setembro de 2009
Necessidade do paradoxo
terça-feira, 25 de agosto de 2009
(...) ...
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Entrega essa para as saudades, por favor.
domingo, 9 de agosto de 2009
Enquanto o sol dorme
Eu poderia te descrever minha aparencia de agora, mas tudo o que apareceria no papel seriam rabiscos de uma profunda grosseria na mão. Daria pra imaginar a ponta do lápis fazendo um ruído de tanta força.
Não adianta morrer por algo já morto. Nem se acabar por uma coisa que se quer começou.
Eu poderia te ferir se você pudesse olhar por entre a embalagem de minha alma. Eu poderia te destruir se você sentisse durante três segundos a angústia a qual venho sentindo há tempo.
Eu poderia inundar seus sonhos se você se pusesse por baixo de minha face.
O que te durou pouco foi à mim a eternidade. Eternidade essa a qual arranca de minhas lembranças qualquer momento feliz que eu passei, só deixando as folhas de seu maldito calendário de horror.
Eu poderia trincar os dentes na boca e uivar da dor cortante, mas nada a faria cessar, ela, aquela dor que no começo parecia travesseiro.
Eu poderia esquecer dos sonhos de minha alma, já que meu mais presente havia se perdido no passado contraditório e amargurante.
Enquanto você dormia, te via em teu sono. Eu via a luz de dentro dos seus olhos passar para os meus e me cegar de euforia. O teu sol, o meu sol - você - brilhou amarelo pelo que eu pudera jurar impossível.
Enquanto o sol, o meu sol dormia, o peito rasgou na esperança da luz, e eu confiei de que havia verão por vir.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Por eles, e por mim
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Tuas asas eram farsas
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Bocejo
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Há "carneiros" no meio da estrada
sábado, 20 de junho de 2009
Mais um relato da tal menina
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Manter a TV desligada
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Nova caixa, daqui para frente/sempre
E se as coisas nunca realmente mudaram, bom, elas mudam daqui para frente.
terça-feira, 9 de junho de 2009
What a waster(?)
terça-feira, 2 de junho de 2009
Equívoco(?) À rua das 18h30 ou 19h.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Presse
e mesmo que perverso, considera-se sua fúria
pelos que nele não vivem
mas ainda em quentura extrema
corroe até mesmo quem nele se entrega.
Quem não deita em leito seu
morre em pé, então
de piedade aquele é vazio
e se aventurar nadando em sangue desconsolado
é motivo de sua felicidade sombria.
Amor não se mitiga
e se quer ao amor deve-se mitigar
só saia do calabouço enquanto a corda te alcança
caia de joelhos no altar
e mantenha firme a presse desesperada
de um dia descansar o peito escasso, ferido
onde o amor vive preso.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Onde exatamente?
O fato é que, eu estava onde eu queria estar, com quem eu queria estar, e quando eu pude perceber isso, os olhos se surpreenderam um pouco, e o sorriso foi irrevertivelmente aberto, em tremor.
O cheiro, até mesmo ele era o qual eu desejava sentir, e a cada segundo que isso se tornava mais óbvio para mim, a cada segundo que eu me via lá, a felicidade trazia ao meu corpo alguns calafrios, porque o mesmo não conseguia acreditar que finalmente estava se sentindo assim.
Parecia de propósito, parecia que eles sabiam o quanto os barulhinhos que eles faziam me agradavam! Parecia que eles ensaiaram para isso, que treinaram, que eram feitos num mini estúdio onde aquela minha banda favorita gravou o meu álbum preferido que tem a minha música preferida.
A batida aumentava, e com ela as do meu coração. As pessoas sorriam, mesmo sem querer ou planejar. Mesmo que mais da metade delas dissesse não à isso.
Não, não. Eu vou ficar. E nem pense mais nisso, é absurdo como eu quero ficar por aqui. Aqui, exatamente onde eu queria estar.
"...eu gosto de como isso parece bom, e gosto de como isso me faz esquecer. Eu gosto de como isso parece, e gosto de te fazer esquecer..."
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Dê por aberta tua galeria
domingo, 10 de maio de 2009
Tesouro do cortante mineral
terça-feira, 5 de maio de 2009
Fusão
E não romper as fronteiras entre nossos dedos é como fevereiro sem carnaval.
Não te procurar pela estrada que se segue, é como não ver o colorido, o infinito, do seu, tão meu, mundo.
Que não te ver em fronte os olhos meus, é como enxergar só o xapiscado da tv...
Vai, funciona! Quero assistir teu humor triunfante que me prende num roteiro dos mais distintos para este peito. Peito teu.
E franzido, enrigecido pela saudade da euforia, pergunta-se se era só o amor, ou se o amor era todo. Um todo.
Mas ele só conseguiu notar, olhando para a janela, que mais tarde iria cair mais uma de minhas chuvas.
O sol raiando em nada se compara com o abrir de seu sorriso.
Nem o seu pôr, se quer ele, se iguala ao piscar descuidado do seu olhar.
Seque a minha chuva, pequeno. E abra essas janelas, pra eu ver teu sol raiar.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Designo-te vida
E não fugindo do costume, minha cabeça vive em teu sorriso.
Designa-se sorriso, o ato de retrair o rosto e abrir os lábios em consequência de euforia.
Designo então, por meu sorriso, você. Que em glória e garra torna possível tal retração. Que me faz capaz de te abrir em maior alegria, somente por ser você.
Designa-se por irmão, aquele que é fruto da mesma árvore, e que cresce, desde semente até alcançar o céu, ao nosso lado.
Designa-se ar, o essencial à vida humana. Que enche os pulmões da substância essencial, e assim, torna possível a vida.
Designo então, por meu ar, você. Que é essencial à mim, mísera humana. Que enche o meu peito com o que há de mais essencial para mim, e justamente por estar em meu peito, torna possível minha vida.
Designa-se por garra, o ato da perseverança e da força. Da não desistência dentro de nós, que energiza o corpo e mente com o intúito da vitória.
Designa-se por sangue, o que corre, vermelho, em nossas veias. O que "alimenta" o coração, o que nos dá cor ao semblante.
Designo então, por meu sangue, você. Que me enche com o vermelho mais profundo, que é alimento constante e essencial ao meu coração, e que enche, enche estupefatamente de cor meus semblantes, e minha vida.
Designa-se coração, o órgão principal que designa a vida. O que pulsa frenético em tais situações, e pulsa angustiado em outras.
Designo então, por meu coração, você. Que é a principal, a que designa minha vida. Que pulsa frenética em minha alegria, e arde na batida tranquila de minha tristeza.
Designa-se amor, o que não tem explicação. Simplismente não saber o que acontece, e ao mesmo tempo, saber que tudo acontece em nossa alma. É entregar, sem repulsa alguma, a sua vida à outro ser.
Designo então, por meu amor, você. Que mesmo sem explicação exata, faz acontecer um aglomerado de sentimentos em minha alma, e que se preciso me faz entregar, sem repulsa alguma, a minha vida à ti. Pois designo por minha vida, os sorrisos que minha irmã me faz dar, que enchem meu peito de ar e de coragem, que na garra me faz lutar pelo meu sangue e elevar aos céus o meu coração para te amar. Te amar com a maior glória que eu consiga alcançar.
E além de qualquer costume, eu te amo!
domingo, 19 de abril de 2009
Cegueira
E então, um... dois... três!
Gritos. Uivos. Dor.
A escuridão havia me abandonado, realmente. A escuridão era mesmo leal, e eu, completamente o oposto.
Como boa hiperboleana que sempre fui e sou, dei conta de aumentar o choro umas mil vezes, e de acarretar a culpa de modo ainda mais doído e torturante aos meus olhos, ao meu ver.
Eu havia dado conta, não por ser hiperboleana, mas por ser eu, de me fazer cega.
Eu devia apenas colorir o que se propunha a ser colorido. E me acostumar com o fato de que os outros também colorem, colorem mal, o que são de seu dever colorir.
Nem tudo no mundo que nunca mais verei é feito de flashes de cores claramente denominadas. Mas sim, também, de escuras.
Escuras...escuridão. E então me dei conta de que a escuridão estava lá, e de que ela era ainda mais leal do que eu podia imaginar. A minha tal companheira havia me seguido até onde ela podia ser vista por mim, e no entanto, eu não a vi. Ela era, então, o que cabia a mim colorir.
Me dei conta, em choro, de que esse era o meu dever, e de que agora, eu a abandonara para sempre, pelo medo, de em luz, a achar novamente.
E agora, em cegueira, percebo que jamais a verei. Jamais verei minha leal companheira, e jamais a colorirei de meu modo - pois era minha companheira - e então, jamais terei feito o meu papel.
Em cegueira, escuridão, me ouça. Ou ainda melhor, ouça o sal que escorre de meus olhos cegos, pois tu, mesmo que escura demais, aida enxerga. Ouça o sal, e me perdoe. E se te serve de consolo, a dor dele em minha cegueira não é maior do que a dor de, na cegueira, não poder mais te ver. Escuridão, você, que era meu papel colorir.
Talvez não mais, mas, com certeza, agora sem conseguir ver o meu próprio olho, a cegueira era o castigo merecedor aos olhos impotentes que não me fizeram ver que deveria te colorir, minha vida. E, por favor, não me perguntes se ficarei bem cega.
Olhos arregalados
- O encanto era realmente grandioso. Grandioso demais para uma compulsiva e viciada em cores.
Era mais do que grandioso. Eu diria que era viciante. Exato, um vício. E agora olhe onde se meteu, Mariana - .
Chega! Eu disse, de olhos arregalados. Arregalados porque, como eu deveria ter imaginado, o controle havia escapado por entre meus dedos, ou ainda melhor, por entre meus cílios, caindo como lágrimas, e me deixando em desfalque do mesmo. Nada fora do de costume. Mas era costume somente do corpo, da alma...E agora, também dos olhos.
Diz, além de me auto culpar e de me auto corromper, o que faço para os fechar! Diz, consciência, diz!
Sinto falta da escuridão. Vi demais! As cores as vezes são escuras,e então não são mais flashes - claridade - , são somente escuras, e erradas. Eu não as desejei colorir assim!
E se eu piscar de um olho só novamente? Mas, e se a escuridão não me quiser?! Não posso arriscar ficar cega de um olho para sempre. Antes a escuridão do que a falta de tudo. Antes ela do que a cegueira.
Não vai me dizer, não é? Somente serviu para me abrir os olhos, e agora, veja, estão abertos demais! Bela consciência essa minha, que me abre os olhos, mas não me ensina a fechá-los.
Talvez eu deva me acostumar... NÃO! Não vou me acostumar à nada de novo! Quero a escuridão. Já sei como é aqui, e isso se torna, com o passar do tempo, viciantemente doentil e hostil. Vocês, cores, são pintadas por mãos desconsoladas, e isso não faz do mundo fora da escuridão tão bonito assim.
Quero a escuridão de novo. A minha leal companheira.
Não sei se a mesma ainda me aceitaria como companheira - dessa vez leal - novamente.
Tentarei...
Talvez, vendo o meu próprio olho, os olhos arregalados explodam ao se fecharem com a brutalidade que pretento os fechar para voltar à minha escuridão. Eu ficarei bem, de olhos fechados.
Olhos abertos
Estava com receio de abandonar minha tão leal e companheira de tanto tempo. A escuridão.
Mas, de qualquer maneira, ela não me fornecia nada novo, então pensei que não se importaria, já que não estabelecia diálogo comigo, se quer através de imagens, inclusive, com certeza sem imagens.
Tremendo as pálpebras, fui abrindo a do lado esquerdo, a que ainda se encontrava fechada.
Eu estava de olhos abertos, e podia ver todos os flashes - a claridade - as cores à minha volta, e até mesmo denominá-las, e senti-las.
Fascinante! Eu disse a mim mesma, orgulhosa pela atitude que tomara. Ficar de olhos abertos era, com certeza, uma boa idéia para o momento. E eu acreditava que seria uma boa idéia para além daquele momento.
Eu observei tanto, tanto. O encanto era infamemente absurdo! Desejei nunca mais ver a escuridão, abominando a idéia de sua existência em mim de novo. E dessa vez, sem dó alguma de minha antiga companheira.
Talvez, vendo o meu próprio olho, ficar de olhos abertos era o melhor a se fazer. Eu ficaria bem, de olhos abertos.
Piscar com um olho só
Mas, sentia saudades dos flashes, já que eu os vira apenas duas vezes. Eram tão, incontestáveis, tentadores, que fizeram passar pela minha mente, e não só por ela, mas pelos olhos também, a idéia de colorir tudo, deixar tudo com cor de flashes, daqueles que eu havia visto.
Já que não eram prejudiciais, vi que seria ignorância - de novo - deixá-los em desigualdade em comparação à minha escuridão. Porque, afinal, sentia falta deles.
Decidi, por fim, piscar com um olho só. Assim, eu seria, meio escuridão e meio flashes.
Flashes esses, que depois me lembrei também, que podia os chamar de claridade. Claridade esta, que agora estava em igualdade com a minha escuridão.
E então, não sentia mais falta de nenhum deles, afinal, tinha os dois lados que queria.
Talvez, vendo o meu próprio olho, piscar com um olho só realmente fosse a solução. Eu ficaria bem, piscando com um olho só.
Piscando
Porque, talvez, vendo o meu próprio olho, piscar não faria tão mal à minha escuridão particular. Eu ficaria melhor, piscando.
sábado, 18 de abril de 2009
Olhos fechados
Talvez, não os abrir possa me impedir de ver tanta incoloridade. Ou, apenas me privar de ver coisas que eu poderia colorir.
Na verdade, o cansaço torna os olhos propícios ao fechamento definitivo. O medo então, os fecha como janelas de pino enferrujado.
Ainda que fechados, sabem que estão úmidos. E isso os desaba ainda mais.
As linhas vermelhas estão lá, mesmo que eu não abra os olhos de frente ao espelho para as enxergar, eu sei que estão lá, porque a revolta e a angústia me mostram isso.
Eu não quero ter de ver tudo isso à minha volta, e não, muitas vezes não é ignorância. Muitas vezes, é até sabedoria de minha parte.
Não estou perdendo muita coisa, como eu sei que veria preto e branco, fico com o preto da escuridão formada por estar de olhos fechados.
A não visão me limita de poder te colorir, me colorir, mas me impede de ver o que não colorem.
Talvez, vendo o meu próprio olho, fechados eles estão melhor. Eu ficarei melhor, de olhos fechados.
Queimando gelo
Eu suponho que a febre não seja mais uma suposição, nem uma doença na minha vida. É apenas constante. É a febre da alma, não do corpo.
E, quem diria, de alma fria e confiante à cinzas.
"Só porque você sente, não significa que existe". Não sei te denominar todos os sentimentos, ou amarguramentos, que passam pelo meu corpo a cada instante - inclusive nesse - . Se quer sei se posso denominá-los como sentimentos, pois tais as vezes são imperceptíveis, e quando vejo suas consequências, para mim, são puros acidentes.
Acidentes. A vida se resume, muitas vezes, em vários desses, que só esperam para acontecer.
Nas massas glaciais de mim, surgiu como se fossem várias dinamites, que aqui agora causam uma explosão. Explosão no gelo.
O sangue que antes corria frio, por correr, corre calorosamente sem piedade ou preocupação de estar queimando demais sua moradia. - talvez porque ele não tenha consciência, como antes, sua moradia não tinha - .
Talvez eu tenha uma definição para o suor da palma das minhas mãos. Não deve ser nada além do gelo derretendo. Gelo, que tem me deixado com saudade dos calafrios, que as vezes, eram melhores do que as condições febris.
Definitivamente, queimando gelo. Decidiram por fim, aquecer sem pudor meu corpo, trazendo avalanches inconsequêntes, que claramente, não são de meu controle.
O gelo que era elemento crucial do meu corpo. Falava frio, sentia frio, passava frio. E agora queimo o que era apenas para aquecer. - Controle. Bendito este que jamais conheci - .
E agora, então, enquanto procuro por este tal, o suor - gelo derretendo - vai surgindo nas palmas de minhas mãos, escorrendo de minha testa, desestabilizando a temperatura. Ainda necessito do gelo, mas a fogueira é crucial. Se quer me restaram termômetros para uma idéia parcial.
Eu vou suar até queimar. Suando e ganhando temperatura. Temperatura demais. Eu vou suar até queimar o gelo, meu gelo.
O meu corpo - o meu gelo - . Estou queimando o meu corpo. Queimando gelo.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Mais um café com gelo, por favor.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Molesto
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Mentira
segunda-feira, 30 de março de 2009
Debate ao incontrariável
Dentre o amor próprio e os que me compõe, todos estão tranquilos, apenas um, o mesmo, do círculo vicioso, está contrariado.
...
Sim, as pessoas tem uma visão limitada do amor, né?
É tão grande e lindo, não poderia ser fácil.
Sorriso na segunda-feira
domingo, 29 de março de 2009
Amor, amar, amo
quinta-feira, 26 de março de 2009
Lalala
Ofegância e escuridão vieram primeiro.
Eu disse que iria gritar até as cordas arrebentarem, até que suas cabeças se enjuriacem.
Quem vem pra acalmar e colorir? Quem é inteiramente felicidade?
Eu disse dance até o pé cortar e a perna desabar.
O corpo inteiro já se cortou e desabou antes da dança.
E tudo o que eu disse foi virando trilha sonora do passeio no carro.
Eu disse amor primeiro, abrace-o para o proteger.
Cada um se abraçou, e o amor disparou sozinho pela janela.
Eu disse corram para salvá-lo.
Todos se abraçaram chorando, as mulheres primeiro, os homens de olhos fechados.
Eu disse que só se importam quando há perda, e todos levantaram as cabeças, em ataque.
Eu disse que iria permanecer gritando, até que isso se tornasse trilha sonora do passeio no bosque.
Eu disse que as crianças iriam achar doce, iriam chamá-lo para brincar.
Os vizinhos continuaram sentados em degraus.
Eu disse que o medo vai ser predominância nas suas cabeças, que isso não é realmente felicidade.
Eles disseram pra sair da rua, e eu disse que o medo deles não pode ser só o visível.
Eu disse ninguém aqui se conhece.
Eles continuaram com os fones, e tudo o que disse foi virando um ritmado quase igual à um inútil, normal e mesmítico lalala.
Eu disse que não pararia de dançar até que isso os contagie.
Eles disseram que estavam cansados do trabalho.
Eu disse que isso os corta e os desaba.
Eles disseram que a dança é ainda mais cansativa.
Quem é o real cansado? E o que é cansaço?
Eu disse dancem primeiro, até o corpo todo se cortar e desabar.
Eles disseram que não precisam da dor pra saber quando parar.
Eu disse que a dor deles não pode ser só a perceptível ao corpo.
Eu perguntei quem é o medroso?
Eles viraram e já estavam em sono.
E tudo o que eu disse está gravado numa fita qualquer, sempre acompanhada pela mesma ritmização.
Eu disse que procure a fita.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Para não ser a tal mulher do padre...
Você cospe suas palavras já escassas na minha frente, e a repulgnância é algo que não posso conter. Você se elimina, aos poucos, do abismo escuro que é o seu eu.
Você fuma suas verdades na minha frente, e eu tenho que as observar sabendo que são mentira. A fumaça corroe, queima as minhas verdades, que eu faço questão de me cuidar pra não poluirem o teu ar.
Não me queixo do teu ar, que incrivelmente, é diferente do meu.
Me queixo do como quer deixar claramente esplícito suas vontades, que para mim soam mais como ambições.
Eles dizem, sempre dizem o quanto é perigoso, e você segue por ter medo de não os agradar, ou os decepcionar, mesmo sem saber quem realmente eles são.
Dizem também, que a amargura está presente em tudo, sem saber nem o que é metade desse tudo, sem saber o que é tudo. E para você, como tudo o que é estabelecido faz-se sua lei - sem saber também o que significa - você se amargura e amargura à esse tudo, quando era para ser doce.
Ainda dizem, que para chegar "lá" deve-se fazer como os seus pais fizeram, ou até mesmo como aquela moça inteligente e famosa fez. E então você mergulha de corpo todo nisso, e no fim percebe que a piscina estava vazia.
E, ainda por cima, te afirmam que tempos bons virão, é só esperar. E então, você espera sem fazer nada para a chegada de tais dias melhores, cujos, obviamente, jamais chegarão.
E nisso a sua vida passa. Vida? Isso você também não sabe o que é, e também não vive. Mas os créditos vitalícios que se danem, não é? Não é o que eles falam? Então siga.
Mas, se queres me ouvir, posso fingir ser um deles, e então te digo para buscar pela sua essência, a real essência, com o perigo amargurante que você estabeleceu para tentar chegar naquele "lá" em que os dias bons estarão presentes. Mas, como eles dizem, corra, corra muito, pois quem chega por último, é a mulher do tal do padre.
terça-feira, 17 de março de 2009
20:20
Quando olhei no relógio, o horário marcava igual entre as horas e os minutos: 20:20. Podia não ser nada, na verdade, não era nada, mas pra quem procurava vestígios ou pistas, era considerável.
Ainda mantendo os olhos fechados, imóvel e empuleirada por entre as colchas e lençóis, consegui lembrar-me de algo que é vago, mas se sobressaiu em minha mente como um desespero, um grito sufocado, que com certeza teria saído dessa forma se não fosse o meu cansaço. Lembrei-me perfeitamente, por fim, de todas as ruguinhas que se formaram desde os cantos de seus lábios até os cantos dos olhos, naquele sorriso repuxado e perfeito, que se abria devagar sem pressa ou culpa alguma de me impressionar, porque de alguma maneira ele tinha consciência de que fazia isso. Um sorriso que não via há meses.
Toda essa impulsiva, incontrolável, doentia, mas maravilhosa lembrança me pegou de guarda baixa. Há tempo que não conseguia lembrar-me perfeitamente de algo que fizesse eu me sentir tão próxima de novo. Mas eu procurei por isso, e encontrei.
Deu tempo o suficiente para uma apreciação que seria notável se a porta e as janelas não se encontrassem fechadas. O suficiente, mas nem sempre isso é o bastante. Durou apenas uns quatro segundos e meio, no máximo. O suficiente para me fazer refém a isso.
Quando vi que meus quatro segundos e meio de felicidade incontestável acabaram, continuei com os olhos fechados, e os forcei, numa tentativa sem sucesso de me manter em delírio não pelo tempo suficiente, mas pela eternidade. Como disse, tentativa sem sucesso. E em poucos segundos me vi numa reação terrível, era como se eu estivesse caindo do céu, do paraíso, para o meu inferno particular, que era qualquer lugar em que eu não encontrasse vestígios.
Recuei um pouco do cenário do delírio, como se fosse afastar a dor, que em questão do tempo de um piscar tomou conta de cada parte minha, e eu já não tinha controle de nada, de novo.
Eu queria, precisava apreciar mais daqueles segundos que em minha mente vinham como a lembrança da lembrança, tão maravilhosa, que parecia embrulhada em veludo.
Eu parecia tão invisível pra mim mesma, que não sei como me notavam viva ainda. - Devia ser pela minha aparência semelhante a de um zumbi recém-criado. - Arfei par dar início à um choro de desespero que durou um bom tempo, mais do que devia, tempo suficiente para me desesperar ainda mais. - o tempo estava limitado, mas sempre o suficiente para uma colaboração considerável para com minha insanidade - .
Minhas reações andam sendo misteriosas e estranhas para mim mesma. Eu não me noto, não me conheço, não me importo...
Além de meus sentimentos, além dele, da minha alma e de meu corpo, eu estava sendo hostil comigo, e não me importava.
Me senti presa à uma doença particular, na qual a cura era de minha consciência, mas não de meu poder. Me senti presa à isso, doentiamente, de novo...
20:20. E era tão doentil e sem explicação, que um relógio se tornara motivo, ou realmente era.
domingo, 15 de março de 2009
Crime
Mas prendam, prendam este homem! Ele me faz doer, me faz sentir doente, me faz grunhir! Prendam este homem! Ele ousa e insiste em me prender em algo dele, que não posso ver. Ele ousa e insiste em me levar a lugares que não conheço, e fazer eu me perder, sabendo que o único jeito de voltar é me prendendo em algo dele, que não posso ver, de novo.
Ele mata cerca de mil partes minhas diariamente, e rouba mais mil delas.
Prendam este homem! Ele me conta mentiras e me serve de droga. Ele me convense a cada segundo de que a morte é menos dolorida do que a perda. Ele quer meu suicídio. E será tudo culpa dele.
Ele fala demais, ele some demais, e seus crimes são baseados em tirar sanidade, conforto e sono.
Me encontro presa, refém de seus olhos, é tudo o que vejo, mas me escutem e venham, me escutem enquanto eu ainda tenho sanidade para compreender algo.
Mas prendam-o, logo, por favor. Parasita de minha força não mais encontrada. Prendam-o, antes que eu fique presa em seus olhos, por toda a eternidade.
Km
Anjo, se pudesse, te prenderia em mim, e te levaria comigo à qualquer lugar. Faria de meu peito moradia não só de seu amor, mas de sua alma também, e nunca mais precisariamos nos preocupar se a solidão, a saudade ou qualquer outro sentimento que nos desafie a sofrer chegasse.
Mais alguns quilômetros. E minha cabeça gira, meu peito dói só de imaginar que eu vou sentir como se pudesse ver, você ficando mais longe.
Tu ficarás, somente em corpo mais distante, mas em alma e coração, meu anjo, sempre o mais próximo possível - dentro de mim - por toda a eternidade.
E esses quilômetros, eles só vão cansar de ouvir minhas palavras passando por eles à todo segundo, pra te lembrar, pra ti ouvir, o recado que elas te mandam: eu te amo.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Pró luzes ou vozes?
Seria ou não viável morrer um pouco mais? E se morrer ainda fosse bom, energizante, gratificante...?- E de novo a vóz dizia "Bata nessa boca, bata!"
Algumas luzes invadiram minha janela de graça hoje. Me assustei com a reação - o corpo já desacostumara à esse tipo de contato com o claro - e chegou a passar em minha cabeça se cortar a corda seria uma opção aceitável. - De novo: "Bata, bata! Logo!" - .
Talvez obedecer a minha sanidade tão fora do comum pudesse ser a atitude mais propícia. Mas pelo sim e pelo não, ficaria com o gelo raspante ou o fogo do martírio? Adrenalina, efusão, ou comodismo de uma convicção possivelmente correta, que na verdade era incolor? - "Não bata. Agora pense" - .
Pensar estava totalmente fora de cogitação, mas não deveria estar. Talvez a minha, a nossa salvação estivesse na dor de algumas veias e mais alguns neurôneos bufantes dentro deste oco completo. Isso parece tão impossível agora.
E as luzes que entraram de graça pela abertura deixada sem percepção, foram aumentando, surpreendentemente, assim como vieram. - "Feche-as, agora! Feche as janelas!" - era quase um súplico. Teve de me perdoar, é incontrolável, interminável, inesperado, ultrapassando o extraordinário. É pra mim.
Todos os pensamentos que eram evitados há todo esse tempo foram soltos, libertos de uma única vez, fazendo a loucura dentro do meu "oco" já não tão oco piorar. A realidade tem gosto de tristeza, agora. A tentativa tem gosto de insanidade aos meus olhos sã...agora.
As luzes só deram sonhos ao meu sono, mas não me fizeram acordar. Nem em paz, nem gritando.
Mas como resposta, a janela ainda está entreaberta.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Hipérbole é meu sobrenome
Hiperboleana, com orgulho, e com receio à isso.
Caminho, escada, trilha, ponte...?
quarta-feira, 4 de março de 2009
Escasses mental - Alma em cansaço
A mente já não é mais o foco da alma, e a alma se quer tem foco. A mente já não é, porque muito já foi.
É chegada a hora de saber o que fazer, de coragem. E passada essa hora, só chegam à mim mais dessas mesmas. Mesmisse, das difíceis.
Um cansaço interno e externo toma conta de mim por inteiro, cada dia um pedaço à mais, pedaços que eu pudera jurar que se quer existiam.
A cada dia tomo mais ciencia de que minha alma quer fugir de mim, que ela tem um plano pra isso, e que o plano está em ação, pois sinto ela triturando pedaços de meu corpo à procura de qualquer saída. Liberdade. É só o que ela quer, e eu também.
O corpo já não tem função vital, já não é mais visto por mim como algo essencial à um humano. - humano é uma palavra que para mim encontra-se enigmática. - o corpo está tão inútil, tão derrotado, escasso.Não há momentos em que a felicidade me invada como um todo, que ela me engula. E nem momentos em que a tristeza seja completa em cada milímetro meu. Não há momentos, as coisas só estão passando.
Não constato valor algum no que passa por aqui, mas busco freneticamente por algo que me irradie os olhos. Buscaria mais, se o corpo quisesse correr, e se a alma pudesse me acalmar.
Mas isso é tão particular, tão meu. Nada do que eu diga fará morada em ti...
Essas palavras estão mudas.
domingo, 1 de março de 2009
Boo!
O tempo passou, e esses segundos estão doendo como ferida escancarada. Cada segundo à mais do relógio, é um à menos da minha sanidade.
Cada passo seu, é um passo meu, para trás, para o escuro, voltando.
Ver seus olhos de novo, inesperadamente, não me soou como uma boa coisa; Relembrar que eles eram a luz, que eu não enxergava há tempo, fizeram a vista doer.
Ainda que me causando dor...apareça.
Só pra constar.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Primeira batida - Queda livre
E enfim, depois de abismos certeiros, de incontáveis metros, quilômetros de delírio de um corpo agora sem alma, vieram, de mim, incontáveis metros, quilômetros de queda livre. Sim, queda livre... e eu ainda te amo.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Primeira batida - Quando um coração desperta
Você despertou um coração. Deu a ele a primeira batida, a que ele jamais esperara ter.
Ele bateu, durante todo esse tempo pelos seus olhos, os únicos olhos, que eu desejava morrer dentro.
E eu morria, a cada segundo que passava pensando no como seria terrível perder o calor que até mesmo em sua ausência eu sentia.
Assim que eu dei por mim, eu não estava mais aqui por minha causa. Eu tentava dançar outras melodias, gritar por outras piedades, desejar outros braços, lutar outras esperanças...mas nada fazia meu coração bater, como na primeira batida.
Foi como se em meu peito tivesse dormido todo esse tempo. Foi como se meu peito tivesse servido de ninho. Foi como se ele só estivesse esperando, para realmente me fazer viva, para bater, a primeira batida.
Tu despertastes, meu encanto, tudo o que um peito tão só não conhecera. Eu esperei por ti na minha ilusão particular. Te esperei sem saber que esperava. E ao despertar esse prisioneiro teu, foi como se eu sentisse todo o vermelho do mundo dentro de um espaço que era tão limitado.
Tu ouvistes? Meus gritos? Suplico a existência para me manter segundos ao seu lado. Só te olhar, meu amado, já é divino!
Eu já não conhecia nada ao meu redor. Não tinha consciência dos lugares que sempre andei, da minha própria rotina. Te tomava a cada dia, tu já tinhas se tornado meu alimento. Te sentia inteiro, dentro de mim!
Acreditar fez parte do delírio em que meu corpo todo se encontrava. Te dediquei meus dias, minhas noites, sorrisos e mente. Tudo o que podia, meu amado, tudo! Tu tinhas que entender, ao menos entender, que não havia mais peito, mais coração, não havia mais noites com sonhos, manhãs em que o sol nascesse de novo, nem se quer um dia em que meu peito bateria, como na primeira batida, se não houvesse mais você.
Meu amado, meus dias são tua escolha. Minha alma segue somente um caminho: o de te amar inteiro.
Tu te tornou não só responsável pela primeira batida, mas sim por todas as outras depois dessa. Todas as de verdade.
Entende, por favor, eu vagaria infinitos, eternidades ao teu encontro. Eu enfrentaria exércitos de solidão pelo tempo que fosse, se eu soubesse que tu serias o destino dessa minha jornada.
E assim, me entreguei. Já não me pertencia mais. O destino de continuar tendo sangue quente pulsando nas veias, de sentir os batimentos - como o primeiro - de um coração que suplica sua presença, estava nas mãos de quem me tinha em mãos.
Eu só espero/esperei/esperava a tua convicção vir tão forte e rápida e dominante como a primeira batida.
Os dias, todos, sem pisar no chão, sem sentir firmesa. Os dias, todos, respirando com dificuldade, engolindo com dor, e tendo a dormencia de meu corpo como recurso para cair em sono.
As noites, todas, eu saia do chão, sem consciência. As noites, todas, lutando para não respirar, engolindo a sede de te ter ali à seco, e tendo a adrenalina que percorria incessante em minhas veias como recurso para cair em febre, em doença, em que eu sabia bem minha cura.
Eu descobri, meu pequeno, que eu te amo! Amor sem refúgio, sem escolha. Mas tu eras e sempre seria minha escolha. Eu descobri, que pra sempre, independente, tu serias meu eterno amor. Meu eterno responsável pela inconsciência própria.
Temendo: estou sujeita a morrer na minha própria escolha. De alguma maneira, eu confio na morte..."
A primeira batida - quando um coração desperta... eu te amo.