quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nova caixa, daqui para frente/sempre

É bom isso durar. Parece tão certo quando eu começo a esquecer como meu coração era frio, e como a ferida estava aberta.
Dessa vez isso vai muito além dos braços que abro antes de eu cair com todos os sonhos que vivem dentro da minha alma.
É bom dessa vez durar. Porque ninguém vai ligar se a ferida abrir de novo, e nem para saber se minha vida está indo bem, ou ao menos indo, e nem para me lembrar de que a vida é doce.
E depois de cair e lembrar da razão dos pés existirem, vou colocar minha força em todos os dedos e fazer como tenho que fazer. Porque eu esqueci de como a garganta arranhava e de como era achar que a vida não "iria ir".
É bom isso durar dessa vez. Porque eu perdi o controle de todo o sonho dentro da minha alma, enquanto eu caia e flutuava, lembrando do quanto a vida é doce.
Por que, quem vai ligar se eu congelar de novo?
É melhor isso começar agora, e durar...
Eu tenho muitas cores novas guardadas na minha caixa, na minha mente, nas minhas nuvens. Eu guardo 83% delas numa máquina de músicas, num chapéu de papel, num barquinho e numa torre com um dragão.
Eu não sei qual é a hora de dormir, e nem se eu ando dormindo. Eu não ligo mais se eu vou escorregar e cair, ou se eu só vou escolher onde chegar.
Eu digo em breve, mas nós temos muito tempo. Eu levo isso rapidamente, mas eu tenho tanto tempo. E eu descobri isso desde o dia que eu respirei o que me cabia respirar, e colori o que me cabia mudar.
E eu descobri o preço que se paga por querer se sentir sempre numa roda gigante: no fim, nós sempre descemos no baixo.
Por um pouco longo tempo, não havia ninguém vindo para...
Por um bom tempo, não havia ninguém vindo para mudar o pior que eu já havia visto.
E se as coisas nunca realmente mudaram, bom, elas mudam daqui para frente.

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