Se o amor não durar... bom, então terei de esperar mais uma primavera.
Só questiono quanto tempo mais terei de esperar para os frutos virem, e não só a árvore crescer. Só me pergunto porque a primavera tem cara de inverno, e o inverno também. E porque o outono não me tras os frutos, e o verão também é inverno...
Talvez as respostas para as minhas perguntas se encontrem naquela rua das seis e meia, sete horas... Talvez seja um equívoco, mas, tudo não me mostra nada. E o nada não me serve de resposta.
Voltando à rua, eu acho bom o amor durar. O bastante não para me responder à essas perguntas, mas sim, para me fazer questionar ainda mais o porquê flutuo na rua das seis e meia, ou das sete; Por que ela brinca comigo e com minha barriga, que me dá a impressão de estar num parque de diversões? Por que eu espero voar de novo, dentro dos seus laços, na tal rua das tais horas?
Voltando ao amor, eu acho que ele vai durar. Se os algodões dos sonhos da minha mente só aparecem quando há você e aquela bentida rua, então eu acho que durará. E acho mais! Você irá notar a rua, as horas, os vôos, e meus lampejos de sorrisos a cada vez que lembrar também da brincadeira dos lábios, dos teus laços por mim passados e, claro, do principal... vai se lembrar de como meu peito comemorava os teus laços. Eles em especial, porque sei que você reparou nisso.
Repare também no portão, nas mãos, nos cabelos, na nuca, na linha dos braços, na cicatriz do dedo, na "bíblia", no teu esporte preferido.
Equívocando, ou não, eu acho que o amor durará, enquanto a rua sorrir pelas horas, esperando nossos passos no seu escuro...

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