segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ímpar, par

Só. Solitariamente sozinha. Sonolenta, lenta, briguenta. Na solidão conhece uma pessoa ímpar e, então, dá-se um par.
Mas, o meu par é ímpar! É porque é de uma unidade tremenda! É único.
Se eu te contar um segredo, ou mais do que um, te garanto terminar em ímpar. Mas eu e pra quem conto forma um par.
Hoje é confusão, eu sei. Mas amanhã, não que possa piorar, mas aumenta. E, não é por nada, mas tem se queixado que o cutuvelo dói. Dói de dor duída e mandinga, mendinga também pela aparição da solução sem se quer mexer os dedos cravados no chão.
" O tempo passa, e o trem só vai passar as 4 da manhã, agora ". Não que eu queira ser incoveniente ou acabar com o solene voo dos confetes e balões pelo ar, mas, hoje eu estou ímpar, e preciso de um par.
Estou só, solitariamente sozinha na minha solidão e, SONOLENTA, lenta, briguenta, marrenta. Tenho um par e, meu par é ímpar, é incrível. Mas no outro sentido eu estou ímpar.
Meu sobrenome é confusão. E não é que eu não tenha fé da solução, mas é que amanhã pode aumentar, estufar, estourar.
Me falta receber uma carta, sabe? Um telegrama, não um SMS. Eu quero algo escrito a tinta e a mão. Me falta uma única peça pra terminar com o quebra-cabeça. Vio? Uma peça, uma é ímpar. Ah, eu estou ímpar hoje.
Mas, não pestaneja não, ouviu? Não espera dar 4 horas pra, aí sim, resolver pegar o trem. Eu quero ser seu, seu, seu e seu par. Não é desse, daquele, se quer daleque outro ímpar por aí que eu quero vir a me somar. Eu estou ímpar, imparciavelmente ímpar, de uma maneira, que não é ímpar.
Eu quero ser seu par.

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