segunda-feira, 30 de março de 2009

Debate ao incontrariável

"...Estou te dizendo tudo o que já é de sua sabedoria, não só de sua, mas de todos.
Todos sabem, mas não vêem realmente a importância e força de cada uma dessas palavras na nossa realidade.
De qualquer maneira, é cedo, sempre é cedo; Lembre-se que o amor é imprevisível.
Só ama quem permite ser amado, e você permite, não? Sem pressa. No quesito amor, a pressa de nada vale.
É complicado isso de optar amar apenas uma pessoa a vida toda. Eu sabia que seria assim, não me arrependo, até segunda ordem, vinda de mim mesma (difícil).
...
"E seus amores, como andam pequeno café?"

Dentre o amor próprio e os que me compõe, todos estão tranquilos, apenas um, o mesmo, do círculo vicioso, está contrariado.

...

Sim, as pessoas tem uma visão limitada do amor, né?

É tão grande e lindo, não poderia ser fácil.

É simples de se sentir, de se deixar levar. Quanto a isso, nada é mais facil, mas para as pessoas, só se vale a pena amar quando se é correspondido, e, no entanto, você não precisa de um retorno para sentir o amor..."

Sorriso na segunda-feira

Esperando na esperança dele abrir.
Não que ele não passe em mente, nem que o tato da face não deseje se retrair por ele, se quer pelos dentes que não quererem trincar assim que ele se abrir, mas, é apenas o tempo arrastado que não é o bastante pra ele pensar em aparecer por aqui, abaixo dos olhos cansados que tentam permanecer abertos, rigorosamente abertos.
Não é que não se tenha vontade, nem que esteja se esperando a hora certa, se quer um motivo concreto, mas, é apenas a dor despencante que invade meu pescoço e sobe pra cabeça.
Conto nos dedos os antecedentes desse que tento projetar agora, e, se quer os lembro bem. Entre os sete dias de uma semana, na segunda é especialmente difícil. Não que eu queira um motivo para que desista de tentar projetá-lo, nem porque eu esteja camurflando os vãos que vivem na entrada dos lábios de tanto mordê-los pela impaciência ou até mesmo pela dor, se quer porque os olhos se fecham quando ele se abre e eu os preciso abertos, mas, é apenas um sorriso, um sorriso na segunda-feira.

domingo, 29 de março de 2009

Amor, amar, amo

O que enfraqueze o corpo alimenta a alma. O que estanca o sangue dá vida ao coração.
O ato de não saber controlar a pulsação e nem a entrada de adrenalina nas veias é o que há de mais divino.
A existência do amor nos torna a espécie insana mais feliz do mundo, por doer, e em dor, saber que conhece a mais forte de todas as forças.
O fato de amar nos torna dependentes não só do amor - a mais forte de todas as forças - mas também de uma outra alma, a qual rege e trilha nossos destinos e faz com que nossas pernas sigam os mesmos sem o resto do corpo ter opção de recusa. É a dependência mais prazerosa da Terra.
O que eu amo me torna insana e dependente, me cega e me insurdece com o que eu sonho em ver e com os barulhos, ruídos e gritos mais alegremente suportáveis.
A dança só é alegremente seguida quando os corpos estão estupefatos de amor, maravilhados por amar, e quando gritam "eu te amo"; A dança só é alegremente dançada com a ajuda da melodia mantida dentro dos ouvidos a partir do seguindo dos próprios batimentos. - toda dança é corretamente dançada quando se obedece o corpo, e o corpo está sendo regido, e não deseja parar de estar, porque sente o amor, porque está a amar, e à declarar "eu te amo"- .
O que causa a falta de ar dentro dos pulmões é o que ainda nos faz querer respirar. O que nos faz tremer na perda de sustento é o que nos dá vontade de permanecer firmes. É o avesso mais perfeitamente compreensivo, a loucura mais sã, a dor mais desejada, o sorriso mais tomador da face.
O amor é tão grande que nos leva a amar e que me faz afirmar que te amo. Mesmo que o amor nos traga uma vida em dor, ainda assim é viver; Mesmo que amar nos faça viver limitadamente, ainda assim é viver; Eu te amo e isso me faz quase morrer, mas ainda assim é viver.
"Mais vive aquele que quase morre em vida, do que o que vive numa quase morte".

quinta-feira, 26 de março de 2009

Lalala

Eu disse calma. Eu disse colorido.
Ofegância e escuridão vieram primeiro.
Eu disse que iria gritar até as cordas arrebentarem, até que suas cabeças se enjuriacem.
Quem vem pra acalmar e colorir? Quem é inteiramente felicidade?
Eu disse dance até o pé cortar e a perna desabar.
O corpo inteiro já se cortou e desabou antes da dança.
E tudo o que eu disse foi virando trilha sonora do passeio no carro.

Eu disse amor primeiro, abrace-o para o proteger.
Cada um se abraçou, e o amor disparou sozinho pela janela.
Eu disse corram para salvá-lo.
Todos se abraçaram chorando, as mulheres primeiro, os homens de olhos fechados.
Eu disse que só se importam quando há perda, e todos levantaram as cabeças, em ataque.
Eu disse que iria permanecer gritando, até que isso se tornasse trilha sonora do passeio no bosque.

Eu disse que as crianças iriam achar doce, iriam chamá-lo para brincar.
Os vizinhos continuaram sentados em degraus.
Eu disse que o medo vai ser predominância nas suas cabeças, que isso não é realmente felicidade.
Eles disseram pra sair da rua, e eu disse que o medo deles não pode ser só o visível.
Eu disse ninguém aqui se conhece.
Eles continuaram com os fones, e tudo o que disse foi virando um ritmado quase igual à um inútil, normal e mesmítico lalala.

Eu disse que não pararia de dançar até que isso os contagie.
Eles disseram que estavam cansados do trabalho.
Eu disse que isso os corta e os desaba.
Eles disseram que a dança é ainda mais cansativa.
Quem é o real cansado? E o que é cansaço?
Eu disse dancem primeiro, até o corpo todo se cortar e desabar.
Eles disseram que não precisam da dor pra saber quando parar.
Eu disse que a dor deles não pode ser só a perceptível ao corpo.
Eu perguntei quem é o medroso?
Eles viraram e já estavam em sono.
E tudo o que eu disse está gravado numa fita qualquer, sempre acompanhada pela mesma ritmização.

Eu disse que procure a fita.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Para não ser a tal mulher do padre...

Você mastiga suas palavras na minha frente, e o desagradável paladar é claramente percebido. O desespero de digerir cada uma das idéias e as engolir à seco, rasgando a garganta e mesmo assim as mantendo como alimento pra suas idéias fracas sobre vivência.
Você cospe suas palavras já escassas na minha frente, e a repulgnância é algo que não posso conter. Você se elimina, aos poucos, do abismo escuro que é o seu eu.
Você fuma suas verdades na minha frente, e eu tenho que as observar sabendo que são mentira. A fumaça corroe, queima as minhas verdades, que eu faço questão de me cuidar pra não poluirem o teu ar.
Não me queixo do teu ar, que incrivelmente, é diferente do meu.
Me queixo do como quer deixar claramente esplícito suas vontades, que para mim soam mais como ambições.
Eles dizem, sempre dizem o quanto é perigoso, e você segue por ter medo de não os agradar, ou os decepcionar, mesmo sem saber quem realmente eles são.
Dizem também, que a amargura está presente em tudo, sem saber nem o que é metade desse tudo, sem saber o que é tudo. E para você, como tudo o que é estabelecido faz-se sua lei - sem saber também o que significa - você se amargura e amargura à esse tudo, quando era para ser doce.
Ainda dizem, que para chegar "lá" deve-se fazer como os seus pais fizeram, ou até mesmo como aquela moça inteligente e famosa fez. E então você mergulha de corpo todo nisso, e no fim percebe que a piscina estava vazia.
E, ainda por cima, te afirmam que tempos bons virão, é só esperar. E então, você espera sem fazer nada para a chegada de tais dias melhores, cujos, obviamente, jamais chegarão.
E nisso a sua vida passa. Vida? Isso você também não sabe o que é, e também não vive. Mas os créditos vitalícios que se danem, não é? Não é o que eles falam? Então siga.
Mas, se queres me ouvir, posso fingir ser um deles, e então te digo para buscar pela sua essência, a real essência, com o perigo amargurante que você estabeleceu para tentar chegar naquele "lá" em que os dias bons estarão presentes. Mas, como eles dizem, corra, corra muito, pois quem chega por último, é a mulher do tal do padre.

terça-feira, 17 de março de 2009

20:20

Antes de fechar os olhos numa ação de desistência, serrei-os num foco cujo não sei determinar qual era. Qualquer coisa que me lembrasse a cor, o cheiro, ou até um movimento, o qual pegou meu corpo em desconcerto.
Quando olhei no relógio, o horário marcava igual entre as horas e os minutos: 20:20. Podia não ser nada, na verdade, não era nada, mas pra quem procurava vestígios ou pistas, era considerável.
Ainda mantendo os olhos fechados, imóvel e empuleirada por entre as colchas e lençóis, consegui lembrar-me de algo que é vago, mas se sobressaiu em minha mente como um desespero, um grito sufocado, que com certeza teria saído dessa forma se não fosse o meu cansaço. Lembrei-me perfeitamente, por fim, de todas as ruguinhas que se formaram desde os cantos de seus lábios até os cantos dos olhos, naquele sorriso repuxado e perfeito, que se abria devagar sem pressa ou culpa alguma de me impressionar, porque de alguma maneira ele tinha consciência de que fazia isso. Um sorriso que não via há meses.
Toda essa impulsiva, incontrolável, doentia, mas maravilhosa lembrança me pegou de guarda baixa. Há tempo que não conseguia lembrar-me perfeitamente de algo que fizesse eu me sentir tão próxima de novo. Mas eu procurei por isso, e encontrei.
Deu tempo o suficiente para uma apreciação que seria notável se a porta e as janelas não se encontrassem fechadas. O suficiente, mas nem sempre isso é o bastante. Durou apenas uns quatro segundos e meio, no máximo. O suficiente para me fazer refém a isso.
Quando vi que meus quatro segundos e meio de felicidade incontestável acabaram, continuei com os olhos fechados, e os forcei, numa tentativa sem sucesso de me manter em delírio não pelo tempo suficiente, mas pela eternidade. Como disse, tentativa sem sucesso. E em poucos segundos me vi numa reação terrível, era como se eu estivesse caindo do céu, do paraíso, para o meu inferno particular, que era qualquer lugar em que eu não encontrasse vestígios.
Recuei um pouco do cenário do delírio, como se fosse afastar a dor, que em questão do tempo de um piscar tomou conta de cada parte minha, e eu já não tinha controle de nada, de novo.
Eu queria, precisava apreciar mais daqueles segundos que em minha mente vinham como a lembrança da lembrança, tão maravilhosa, que parecia embrulhada em veludo.
Eu parecia tão invisível pra mim mesma, que não sei como me notavam viva ainda. - Devia ser pela minha aparência semelhante a de um zumbi recém-criado. - Arfei par dar início à um choro de desespero que durou um bom tempo, mais do que devia, tempo suficiente para me desesperar ainda mais. - o tempo estava limitado, mas sempre o suficiente para uma colaboração considerável para com minha insanidade - .
Minhas reações andam sendo misteriosas e estranhas para mim mesma. Eu não me noto, não me conheço, não me importo...
Além de meus sentimentos, além dele, da minha alma e de meu corpo, eu estava sendo hostil comigo, e não me importava.
Me senti presa à uma doença particular, na qual a cura era de minha consciência, mas não de meu poder. Me senti presa à isso, doentiamente, de novo...

20:20. E era tão doentil e sem explicação, que um relógio se tornara motivo, ou realmente era.

domingo, 15 de março de 2009

Crime

Mas prendam, prendam este homem! Ele me faz doer, me faz sentir doente, me faz grunhir! Prendam este homem! Ele ousa e insiste em me prender em algo dele, que não posso ver. Ele ousa e insiste em me levar a lugares que não conheço, e fazer eu me perder, sabendo que o único jeito de voltar é me prendendo em algo dele, que não posso ver, de novo.

Ele mata cerca de mil partes minhas diariamente, e rouba mais mil delas.

Prendam este homem! Ele me conta mentiras e me serve de droga. Ele me convense a cada segundo de que a morte é menos dolorida do que a perda. Ele quer meu suicídio. E será tudo culpa dele.

Ele fala demais, ele some demais, e seus crimes são baseados em tirar sanidade, conforto e sono.

Me encontro presa, refém de seus olhos, é tudo o que vejo, mas me escutem e venham, me escutem enquanto eu ainda tenho sanidade para compreender algo.

Mas prendam-o, logo, por favor. Parasita de minha força não mais encontrada. Prendam-o, antes que eu fique presa em seus olhos, por toda a eternidade.

Km

E como se não bastasse, mais alguns quilômetros vão ousar nos deixar ainda mais longe um do outro.
Anjo, se pudesse, te prenderia em mim, e te levaria comigo à qualquer lugar. Faria de meu peito moradia não só de seu amor, mas de sua alma também, e nunca mais precisariamos nos preocupar se a solidão, a saudade ou qualquer outro sentimento que nos desafie a sofrer chegasse.
Mais alguns quilômetros. E minha cabeça gira, meu peito dói só de imaginar que eu vou sentir como se pudesse ver, você ficando mais longe.
Tu ficarás, somente em corpo mais distante, mas em alma e coração, meu anjo, sempre o mais próximo possível - dentro de mim - por toda a eternidade.
E esses quilômetros, eles só vão cansar de ouvir minhas palavras passando por eles à todo segundo, pra te lembrar, pra ti ouvir, o recado que elas te mandam: eu te amo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Pró luzes ou vozes?

Sentindo fortemente a falta de poder me deixar ser invadida por isso. De poder sentir as borboletas fazendo festa no meu estômago, de enrigecer meu peito e punho ao pensar numa possível "não morte" daquela minha metade. - Num instante pouco duradouro algo à tona retrucou dentro de mim: "Mariana, bata com as costas da mão na boca, agora!" Tentei ver nexo nesses sons, que estavam mais para ruídos dentro de mim naquele momento. Tentei entender, até obedecer...Desisti - .
Seria ou não viável morrer um pouco mais? E se morrer ainda fosse bom, energizante, gratificante...?- E de novo a vóz dizia "Bata nessa boca, bata!"
Algumas luzes invadiram minha janela de graça hoje. Me assustei com a reação - o corpo já desacostumara à esse tipo de contato com o claro - e chegou a passar em minha cabeça se cortar a corda seria uma opção aceitável. - De novo: "Bata, bata! Logo!" - .
Talvez obedecer a minha sanidade tão fora do comum pudesse ser a atitude mais propícia. Mas pelo sim e pelo não, ficaria com o gelo raspante ou o fogo do martírio? Adrenalina, efusão, ou comodismo de uma convicção possivelmente correta, que na verdade era incolor? - "Não bata. Agora pense" - .
Pensar estava totalmente fora de cogitação, mas não deveria estar. Talvez a minha, a nossa salvação estivesse na dor de algumas veias e mais alguns neurôneos bufantes dentro deste oco completo. Isso parece tão impossível agora.
E as luzes que entraram de graça pela abertura deixada sem percepção, foram aumentando, surpreendentemente, assim como vieram. - "Feche-as, agora! Feche as janelas!" - era quase um súplico. Teve de me perdoar, é incontrolável, interminável, inesperado, ultrapassando o extraordinário. É pra mim.
Todos os pensamentos que eram evitados há todo esse tempo foram soltos, libertos de uma única vez, fazendo a loucura dentro do meu "oco" já não tão oco piorar. A realidade tem gosto de tristeza, agora. A tentativa tem gosto de insanidade aos meus olhos sã...agora.
As luzes só deram sonhos ao meu sono, mas não me fizeram acordar. Nem em paz, nem gritando.
Mas como resposta, a janela ainda está entreaberta.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Hipérbole é meu sobrenome

Exagero não é proeza, nem fraqueza, sou eu.
Sem razões, das quais não faltam emoções. Não me completo e nem me completarei até a morte. Vivo querendo, mesmo sem poder ou dever. Medo e receio me tomam, mas a glória é sempre buscada, e mesmo que não alcançada, vem alguns vestígios...sempre.
Um mar de razões vivo na espera, à espreita, aguardando. Milhares de espinhos sempre vem ao encontro de minha fraqueza. Um caminhão de desejos, e um amor do tamanho do céu, contendo a incerteza do tamanho de Júpter. - eu sou de lá - .
Uma mente não muito sadia, embora o exagero deva ser descontado. Um mundo todo dentro de 1,73 metros. Fiz caber, mas deve ser pela limitação de espaço que a organização é algo que passa longe desse lugar, que mais parece um balde de neurônios.
As palavras tem fugido. Devem estar correndo, fugindo, agora, para mil e um lugares, cujo minha boca não está nos planos.
É, elas realmente fugiram. Vou dar trocentos socos nelas quando voltarem, se voltarem, está bem?! Enquanto continuo correndo milhas e milhas em busca delas, prepare as suas, ou apenas limpe a mente para ler mais infinitas e infinitas das minhas.

Hiperboleana, com orgulho, e com receio à isso.

Caminho, escada, trilha, ponte...?

Não há.
Depois que a queda já é amortecida por ser constante, depois que se prova do gosto da estrada longa, isso é, quando se tem estrada, e depois que se despenca na água, não necessariamente naquela queda livre, mas falando das quedas em geral, se descobre que não há nem nunca houve caminho, escada, trilha, ponte, ou qualquer outra coisa que te leve por si próprio à qualquer lugar que não seja sua mente destorcida e nada imune à sua falta de controle.
A mesma vontade de escapar, a busca eterna pelo refúgio, cada vez mais forte e ardente.
Ela já está no cavalo, com a espada na mão, esperando por algo que nem ela e nem você sabe o que é para declarar sua independência. A independência dessa aberração sem nome ou sobrenome, identidade ou digitais. Talvez ela nem exista; Talvez seja só sua; Talvez seja você.
Ainda que sem resposta, e por pura carência mental, acredita-se fielmente em sua existência, abominando a possilbilidade da mesma ser falsa. Ainda que sem resposta. Puro vício.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Escasses mental - Alma em cansaço

Essas palavras estão mudas.
A mente já não é mais o foco da alma, e a alma se quer tem foco. A mente já não é, porque muito já foi.
É chegada a hora de saber o que fazer, de coragem. E passada essa hora, só chegam à mim mais dessas mesmas. Mesmisse, das difíceis.
Um cansaço interno e externo toma conta de mim por inteiro, cada dia um pedaço à mais, pedaços que eu pudera jurar que se quer existiam.
A cada dia tomo mais ciencia de que minha alma quer fugir de mim, que ela tem um plano pra isso, e que o plano está em ação, pois sinto ela triturando pedaços de meu corpo à procura de qualquer saída. Liberdade. É só o que ela quer, e eu também.
O corpo já não tem função vital, já não é mais visto por mim como algo essencial à um humano. - humano é uma palavra que para mim encontra-se enigmática. - o corpo está tão inútil, tão derrotado, escasso.Não há momentos em que a felicidade me invada como um todo, que ela me engula. E nem momentos em que a tristeza seja completa em cada milímetro meu. Não há momentos, as coisas só estão passando.
Não constato valor algum no que passa por aqui, mas busco freneticamente por algo que me irradie os olhos. Buscaria mais, se o corpo quisesse correr, e se a alma pudesse me acalmar.
Mas isso é tão particular, tão meu. Nada do que eu diga fará morada em ti...
Essas palavras estão mudas.

domingo, 1 de março de 2009

Boo!

Só pra constar.

O tempo passou, e esses segundos estão doendo como ferida escancarada. Cada segundo à mais do relógio, é um à menos da minha sanidade.
Cada passo seu, é um passo meu, para trás, para o escuro, voltando.
Ver seus olhos de novo, inesperadamente, não me soou como uma boa coisa; Relembrar que eles eram a luz, que eu não enxergava há tempo, fizeram a vista doer.
Meu corpo, como de costume, não me obedeceu. Mas eu não esparava que os gritos agudos de dor e de vazio fossem ser tão altos.
Ainda que me causando dor...apareça.

Só pra constar.