quinta-feira, 28 de maio de 2009

Presse

Amor não se mitiga
e mesmo que perverso, considera-se sua fúria
pelos que nele não vivem
mas ainda em quentura extrema
corroe até mesmo quem nele se entrega.

Quem não deita em leito seu
morre em pé, então
de piedade aquele é vazio
e se aventurar nadando em sangue desconsolado
é motivo de sua felicidade sombria.

Amor não se mitiga
e se quer ao amor deve-se mitigar
só saia do calabouço enquanto a corda te alcança
caia de joelhos no altar
e mantenha firme a presse desesperada
de um dia descansar o peito escasso, ferido
onde o amor vive preso.

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