domingo, 19 de abril de 2009

Piscar com um olho só

Assim, do jeito que eu estava antes - sobre efeito das duas únicas piscadas - decidi que realmente não era prejudicial à minha tão fiel escuridão.
Mas, sentia saudades dos flashes, já que eu os vira apenas duas vezes. Eram tão, incontestáveis, tentadores, que fizeram passar pela minha mente, e não só por ela, mas pelos olhos também, a idéia de colorir tudo, deixar tudo com cor de flashes, daqueles que eu havia visto.
Já que não eram prejudiciais, vi que seria ignorância - de novo - deixá-los em desigualdade em comparação à minha escuridão. Porque, afinal, sentia falta deles.
Decidi, por fim, piscar com um olho só. Assim, eu seria, meio escuridão e meio flashes.
Flashes esses, que depois me lembrei também, que podia os chamar de claridade. Claridade esta, que agora estava em igualdade com a minha escuridão.
E então, não sentia mais falta de nenhum deles, afinal, tinha os dois lados que queria.

Talvez, vendo o meu próprio olho, piscar com um olho só realmente fosse a solução. Eu ficaria bem, piscando com um olho só.

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