terça-feira, 21 de abril de 2009

Designo-te vida

Só para o de costume: eu te amo!
E não fugindo do costume, minha cabeça vive em teu sorriso.

Designa-se sorriso, o ato de retrair o rosto e abrir os lábios em consequência de euforia.
Designo então, por meu sorriso, você. Que em glória e garra torna possível tal retração. Que me faz capaz de te abrir em maior alegria, somente por ser você.

Designa-se por irmão, aquele que é fruto da mesma árvore, e que cresce, desde semente até alcançar o céu, ao nosso lado.
Designo então, por minha irmã, você. Mesmo não sendo fruto da mesma árvore, pois, me fez retornar a semente para crescer ao teu lado e, aí sim, alcançar o céu.

Designa-se ar, o essencial à vida humana. Que enche os pulmões da substância essencial, e assim, torna possível a vida.
Designo então, por meu ar, você. Que é essencial à mim, mísera humana. Que enche o meu peito com o que há de mais essencial para mim, e justamente por estar em meu peito, torna possível minha vida.

Designa-se por garra, o ato da perseverança e da força. Da não desistência dentro de nós, que energiza o corpo e mente com o intúito da vitória.
Designo então, por minha garra, você. Que foi e é além do suficiente para me dar a força necessária para voltar atrás. Me fez não desistir ou entregar os pontos. Manteve e me deu energia suficiente para o corpo e a mente gritarem vitória ao seu lado.

Designa-se por sangue, o que corre, vermelho, em nossas veias. O que "alimenta" o coração, o que nos dá cor ao semblante.
Designo então, por meu sangue, você. Que me enche com o vermelho mais profundo, que é alimento constante e essencial ao meu coração, e que enche, enche estupefatamente de cor meus semblantes, e minha vida.

Designa-se coração, o órgão principal que designa a vida. O que pulsa frenético em tais situações, e pulsa angustiado em outras.
Designo então, por meu coração, você. Que é a principal, a que designa minha vida. Que pulsa frenética em minha alegria, e arde na batida tranquila de minha tristeza.

Designa-se amor, o que não tem explicação. Simplismente não saber o que acontece, e ao mesmo tempo, saber que tudo acontece em nossa alma. É entregar, sem repulsa alguma, a sua vida à outro ser.
Designo então, por meu amor, você. Que mesmo sem explicação exata, faz acontecer um aglomerado de sentimentos em minha alma, e que se preciso me faz entregar, sem repulsa alguma, a minha vida à ti. Pois designo por minha vida, os sorrisos que minha irmã me faz dar, que enchem meu peito de ar e de coragem, que na garra me faz lutar pelo meu sangue e elevar aos céus o meu coração para te amar. Te amar com a maior glória que eu consiga alcançar.

E além de qualquer costume, eu te amo!

Um comentário:

  1. "Designa-se amor, o que não tem explicação." Gostei da definição, explanação, ou mesmo tentativa de fazer algo do gênero. Semelhante declaração me parece um aforismo de Nietzsche, pra mim, o maior psicólogo que já existiu. (Na verdade ele era filósofo...)

    (Também amo a definição de "um professor além da matéria", que tu me destes. Ela -- esta definição --, tão séria, me agrada muito, pois mostra que vc é mesmo atenta no que concerne à tua observação das pessoas.)

    Prof. Wellington Vinnícius -- "Um professor além da matéria". Definição que me foi dada pela "Princesa das Letras".

    http://monologhia.blogspot.com
    http://ftojr.blogspot.com

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