domingo, 29 de março de 2009

Amor, amar, amo

O que enfraqueze o corpo alimenta a alma. O que estanca o sangue dá vida ao coração.
O ato de não saber controlar a pulsação e nem a entrada de adrenalina nas veias é o que há de mais divino.
A existência do amor nos torna a espécie insana mais feliz do mundo, por doer, e em dor, saber que conhece a mais forte de todas as forças.
O fato de amar nos torna dependentes não só do amor - a mais forte de todas as forças - mas também de uma outra alma, a qual rege e trilha nossos destinos e faz com que nossas pernas sigam os mesmos sem o resto do corpo ter opção de recusa. É a dependência mais prazerosa da Terra.
O que eu amo me torna insana e dependente, me cega e me insurdece com o que eu sonho em ver e com os barulhos, ruídos e gritos mais alegremente suportáveis.
A dança só é alegremente seguida quando os corpos estão estupefatos de amor, maravilhados por amar, e quando gritam "eu te amo"; A dança só é alegremente dançada com a ajuda da melodia mantida dentro dos ouvidos a partir do seguindo dos próprios batimentos. - toda dança é corretamente dançada quando se obedece o corpo, e o corpo está sendo regido, e não deseja parar de estar, porque sente o amor, porque está a amar, e à declarar "eu te amo"- .
O que causa a falta de ar dentro dos pulmões é o que ainda nos faz querer respirar. O que nos faz tremer na perda de sustento é o que nos dá vontade de permanecer firmes. É o avesso mais perfeitamente compreensivo, a loucura mais sã, a dor mais desejada, o sorriso mais tomador da face.
O amor é tão grande que nos leva a amar e que me faz afirmar que te amo. Mesmo que o amor nos traga uma vida em dor, ainda assim é viver; Mesmo que amar nos faça viver limitadamente, ainda assim é viver; Eu te amo e isso me faz quase morrer, mas ainda assim é viver.
"Mais vive aquele que quase morre em vida, do que o que vive numa quase morte".

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