sábado, 16 de outubro de 2010

Caindo, talvez.

Eu não sei até que ponto isso é bom e até que ponto é ruim. Eu não sei se estar escrevendo isso é um sinal positivo ou completamente negativo. Mas eu preciso, de alguma maneira.
Por mais que isso sempre tenha existido dentro de mim, é claro que agora, depois do fechar de olhos na noite vazia, isso resolveu gritar por toda parte de meu corpo. Não sei se conseguirei, não sei se será necessário, mas estou tentando calar isso com toda a força que minha mente possui, e ao mesmo tempo rezando para que se estourem os vidros de tanta gritaria com toda a força de meu coração. Mais uma vez contradição...
É engraçado não conseguir explicar, nem pra você mesmo. Eu mesma não sei me dizer o que é que me faz assim, e nem sei o que é o "assim". Não sei se estou passando mal, se estou passando bem, se estou dormindo ou acordada, consciente ou completamente fora de mim, se em terra firme ou pelos ares, se o solo é conhecido ou se estou aqui pela primeira vez...
E agora, pra piorar, eu quero gritar junto com isso, mas quero ter um motivo para gritar. Se isso realmente valer a pena, eu não quero ser a primeira como toda vez sou. Não quero me jogar como toda vez me jogo, a não ser que eu me jogue junto. Eu não quero estar a frente, eu quero estar do lado! E se não valer a pena, eu vou querer que comece a valer, eu conheço minha teimosia e sei que ela não me deixará ficar em paz ou ignorar o fato de meu peito estar dançando completamente fora de ritmo.
Eu não sei de todas essas coisas mas ainda assim eu sei que alguma coisa isto é. Desconfio do que seja mas tenho medo de pronunciar seu nome.
Eu já sei do meu gosto por "quedas", e não tenho aversão alguma a começar a cair agora mesmo. Eu até quero cair, desparada... Mas, dessa vez, eu irei abrir o para-quedas se me ver sozinha no ar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário